Resposta Histórica 2:
- Gandulas
- 28 de jun. de 2021
- 2 min de leitura
Vasco, um dos pioneiros em aceitar negros no futebol brasileiro, e perpetuado na história da luta contra o racismo com a Resposta Histórica em 7 de Abril de 1924, marcou mais uma vez seu nome no esporte nacional. É o primeiro clube do Brasil a lançar uma camisa em prol da comunidade LGBTQIA+ e utilizá-la em campo. Dia 27 de Junho de 2021, uma história única, mas de significado plural.

Rafael Ribeiro/Vasco
Domingo à noite, a suntuosa cidade do Rio de Janeiro, tem seu brilho marcado na eternidade, mas dessa vez, não por moedas e flashes de câmeras atrás de badalados atores, e sim por um gesto, imortalizado na espontaneidade de Germán Ezequiel Cano Recalde. Ao marcar o primeiro gol da vitória do Vasco, o argentino corre para a bandeirinha de escanteio, personalizada com a bandeira LGBT+, a alça para os céus e escreve seu nome e o do Gigante da Colina, apelido dado ao Clube de Regatas Vasco da Gama, na história do futebol brasileiro.
A história do Vasco não poderia ser escrita sem a defesa de causas sociais e, pelo visto, o atacante, talvez melhor que muitos brasileiros do elenco, sabe a IMPORTÂNCIA do clube que representa. Ser ídolo não é só sobre títulos, é identificação, amor à camisa, puro, cego e até sujo, às vezes, esse amor, mas inigualável. Ser ídolo é entender e viver o êxtase e a catarse de dores após a angústia proporcionada pelo esporte. Idolatria no futebol é ter dentro de si, como jogador, um lado muito mais que profissional, é ter um lado passional, é ser torcedor dentro de campo e fora dele também, e o Cano tem feito isso com maestria, e assim como muitos antes dele fizeram, terá sua história marcada no esporte nacional. Além disso, a atitude de ontem, mesmo que simples para alguns, é alento para aqueles que forçadamente viveram a afonia por anos. A causa estava ali, esperando para que alguém pudesse abraçá-la e o artilheiro vascaíno não decepcionou, marcando o gol mais bonito da sua carreira, o gol do AMOR.
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